Against ethnoecocide: from far-right political violence to the collective resistance of Indigenous peoples in Brazil

Viviane de Melo Resende [1], Yara Martinelli [2], Bruno Marangoni Martinelli [3]

 

DOI: 10.5281/zenodo.15761246

[1] University of Brasília, ORCID: https://orcid.org/0000-0002-7791-5757, Department of Linguistics, vivianemelo@unb.br
 
 
[2] University of Brasília, ORCID: https://orcid.org/0000-0002-4591-7328, Graduate Program of International Relations, yarammartinelli@gmail.com
 
 
[3] Ministry of Science, Technology and Innovation, ORCID: https://orcid.org/0000-0001-7307-7832, bruno.marangoni.martinelli@gmail.com
 
 

Abstract

The starting point of this paper is mapping extreme right-wing discourses about Indigenous peoples and their territories and examining how they are reclaimed and subverted through Indigenous resistance movements in Brazil. We highlight how the discursive production resulting from the largest Brazilian Indigenous conference – the Free Land Camp (Acampamento Terra Livre – ATL), in the editions from 2019 to 2022, responded to the attacks in speeches by the federal executive administration. For this, we revisit a few relevant concepts of the decolonial turn, outline contexts of attack and resistance to the rights of Indigenous peoples in the period, summarise results of our previous analysis on discourses by the executive branch, and present analyses of ATL letters. Our analyses point to increased Indigenous mobilisation in response to political attacks by the far-right government in power between 2019 and 2022. Indigenous peoples organisedin their movements assumed a leading role in social resistance against fascism in Brazil.

Keywords: Brazil, extreme right, indigenous peoples, resistance, Free Land Camp

References

Almeida, E., Rossi, A., & Buono, R. (2022). Bolsonário: Entrevistas. Revista Piauí, setembro 2019. https://piaui.folha.uol.com.br/bolsonario-entrevistas/

APIB. (2020). Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 709. Associação dos Povos Indígenas do Brasil. https://acervo.socioambiental.org/sites/default/files/documents/g3s00122.pdf

Baniwa, G. (2006). O índio brasileiro: O que você precisa saber sobre os povos indígenas no Brasil de hoje. Ministério da Educação; LACED/Museu Nacional.

Bispo dos Santos, A. (2015). Colonização, quilombos, modos e significações. INCTI/UnB.

Brasil. (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Senado Federal: Centro Gráfico.

Chouliaraki, L. (2005). Media discourse and the public sphere. D.E.L.T.A., 21(Especial), 45–71.

CIDH. (2020). Resolução 35/2020: Medida cautelar No. 563-20 em favor dos membros dos povos indígenas Yanomami e Ye’kwana em relação ao Brasil. Comissão Interamericana de Direitos Humanos; Organização dos Estados Americanos. https://www.oas.org/es/cidh/decisiones/pdf/2020/35-20MC563-20-BR-PT.pdf

CIMI. (2019). Delegação indígena denuncia governo Bolsonaro em Fórum Permanente da ONU. Mobilização Nacional Indígena; Conselho Missionário Indigenista. https://cimi.org.br/2019/04/delegacao-indigena-denuncia-governo-bolsonaro-em-forum-permanente-da-onu/

CIMI. (2022). Relatório violência contra os povos indígenas no Brasil: Dados de 2021. Conselho Missionário Indigenista. https://cimi.org.br/wp-content/uploads/2022/08/relatorio-violencia-povos-indigenas-2021-cimi.pdf

Collins, P. H. (2016). Aprendendo com a outsider within: A significação sociológica do pensamento feminista negro. Revista Sociedade e Estado, 31(1), jan./abr.

Da Cunha, M. et al. (Orgs.). (2021). Povos tradicionais e biodiversidade no Brasil: Contribuições dos povos indígenas, quilombolas e comunidades tradicionais para a biodiversidade, políticas e ameaças. São Paulo: SBPC, Seção 7, 351.

Duarte, M. (2017). Connected activism: Indigenous uses of social media for shaping political change. Australasian Journal of Information Systems, 21, 1–10. https://doi.org/10.3127/ajis.v21i0.1525

Ecocide Act. (2012). Ecocide as the 5th international crime against peace. https://ecocidelaw.com/wp-content/uploads/2012/06/Earth-is-Our-Business-Appendix-II.pdf

Fairclough, N. (2010). Critical discourse analysis: The critical study of language. Pearson.

Faustino, D. M. [Nkosi, D.]. (2017). Frantz Fanon, a branquitude e a racialização: Aportes introdutórios a uma agenda de pesquisas. In T. M. P. Muller & L. Cardoso (Orgs.), Branquitude: Estudos sobre identidade branca no Brasil (pp. xx–xx). Ed. Appris.

Fricker, M. (2007). Epistemic injustice: Power and the ethics of knowing. Oxford University Press.

Gordilho, J., & Ravazzano, L. (2017). Ecocídio e o Tribunal Penal Internacional. Justiça do Direito, 31(3), 688–704. https://g1.globo.com/noticia/2020/06/30/macron-alega-ecocidio-para-barrar-acordo.ghtml

Human Rights Watch. (2022). Relatório Brasil – Eventos de 2021. Human Rights Watch. https://www.hrw.org/pt/world-report/2022/country-chapters/380707#48851c

Hutukara Associação Yanomami & Wanasseduume Associação Ye’kwana. (2022). Relatório Yanomami sob ataque: Garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami e propostas para combatê-lo. https://acervo.socioambiental.org/sites/default/files/documents/yal00067.pdf

INESC, & INA. (2022). Fundação anti-indígena: Um retrato da Funai sob o governo Bolsonaro. Instituto de Estudos Socioeconômicos; Indigenistas Associados. https://www.inesc.org.br/wp-content/uploads/2022/07/Fundacao-anti-indigena_Inesc_INA.pdf

Ingold, T. (2011). Being alive: Essays on movement, knowledge and description. Routledge.

Instituto Socioambiental (ISA). (2020). Genocídio indígena e ecocídio no Brasil. Instituto Socioambiental. https://terrasindigenas.org.br/pt-br/noticia/209622

Kayapó, E., & Brito, T. (2015). A pluralidade étnico-cultural indígena no Brasil: O que a escola tem a ver com isso? Mneme – Revista de Humanidades, 15(35), 38–68.

Krenak, A. (2020). Ideias para adiar o fim do mundo. Companhia das Letras.

Longhini, G. (2021). Da cor da Terra: Etnocídio e resistência indígena. Revista Tecnologia & Cultura, Edição especial, 65–73.

Lupien, P. (2020). Indigenous Movements, Collective Action, and Social Media: New Opportunities or New Threats?, Social Media + Society6(2), 103–119. https://doi.org/10.1177/2056305120926487

Martinelli, Y. (2022). Etno-ecocídio: Uma análise decolonial do Estado e da política indigenista brasileira no governo Bolsonaro [Monografia de graduação, Universidade de Brasília].

Munanga, K. (2004). O negro na sociedade brasileira: Resistência, participação e contribuição. Fundação Cultural Palmares.

Resende, V. M. (2017). Análise de discurso crítica: Reflexões teóricas e epistemológicas quase excessivas de uma analista obstinada. In Outras perspectivas em análise de discurso crítica (pp. xx–xx). Pontes.

Resende, V. M., Martinelli, Y., & Martinelli, B. (2022). Sobre os sentidos de genocídio: Disputa no contexto da pandemia no Brasil. In: M. M. Tomazi & V. M. Resende (Orgs.), Estudos do discurso: Abordagens em ciência crítica (Pp. 73–112). Pontes.

Tupinambá, C. A. X. (2019). “Nós não somos donos da terra, nós somos a terra”. Entrevista especial concedida a Ricardo Machado. Revista Instituto Humanitas Unisinos.

Van Dijk, T. A. (2015). Discurso e poder (2nd ed.). Contexto.

Vieira, V. C., & Resende, V. M. (2016). Análise de discurso (para a) crítica: O texto como material de pesquisa (2nd ed.). Pontes.